Primeira edição do Festival Vinilico aconteceu na Unibes Cultural em São Paulo
Numa tarde muito agradável de sábado, o Festival Vinílico reuniu vinhos, venda de discos de vinil e deliciosos pockets shows
Vinho e música em uma tarde de sábado. Como não amar!? Motivada a tudo isso, não poderia deixar de prestigiar a primeira edição do Festival Vinílico, realizado no dia 21 de outubro na Unibes Cultural. Sob curadoria de Maurício Tagliari, músico e produtor renomado e reconhecido no cenário musical por revelar grandes artistas independentes, além vencedor de premiações em trilhas sonoras de filmes, trouxe em voga, a idealização de unir em um único evento, essa deliciosa tríade, vinho - venda de discos de vinil - pocket shows -, para alegrar a alma de mortais tão singelos como eu. Queijos e artefatos auto- presenteáveis, como bazar de roupas e acessórios semi-novos, além de quadros feitos com discos de vinil originais, complementaram ainda mais as possibilidades naquela tarde. A promoção e divulgação ficou por conta da Ch2A Comunicação, especializada na organização e assessoria de produtores e importadoras de vinhos, além de eventos ligados a órgãos governamentais de incentivo no conhecimento e experimentação de vinhos, a exemplo a Wines Of Chile.
Quando o assunto é vinhos não poderíamos esperar nada menos singular. Bons produtores e grandes importadores
Estiveram presentes no Festival Vinílico, grandes importadoras como a Vinci, Mistral e La Pastina. Já os produtores que marcaram a sua participação foram, as tradicionais, Vinícola Aurora, Miolo e também uma novidade (para mim) presente agora no Brasil, a Quinta da Companhia, do Vale de Cambra, em Portugal, da região dos Vinhos Verdes (falarei a respeito do seu vinho).
Sempre por mim respeitada, a Aurora apresentou novidades em seu mix no Festival Vinílico |
Dos vinhos e artistas que apreciei. Afinal de contas é para isso que existem os elogios
Sentada em um dos pufes presentes naquela montagem de espaço em estilo praiano, peguei algumas taças de vinhos, e os degustei ao som de duas grandes artistas. Assisti aos pockets shows das cantoras Laya e Anna Tréa. Laya apresentou-se primeiro e empolgou os presentes com a sua linda voz e seu violão. Anna Tréa se apresentou depois, inciando o seu show com uma espécie de Yoga de concentração, mas depois que Anna Tréa soltou a sua voz... mama mia! Conseguiu fazer todos cantarem juntos com ela, simplesmente nos comandou. E para fazer um gran finale ainda tocou atabaque. É uma artista mesmo completa!
E os vinhos? Quantos aos vinhos, degustei primeiro o espumante Talise, da região da Serra Gaúcha, do enólogo prestigiado Luis Henrique Zanini, cuja comercialização está a cargo da importadora Vinci.Vinificado sob o método charmat a partir das castas Riesling Itálico, Chardonnay e Pinot Noir, é alegre, jovial, com deliciosas notas de frutas frescas. Da mesa da vinícola Aurora, provei o seu mais recente lançamento, o Aurora Merlot Rosé safra 2017. Aroma floral, de frutas tropicais e vermelhas, como morangos e cerejas. Ele estava bem geladinho. É de fato muito gostoso e versátil, uma boa aposta para esta primavera e verão. O Aurora Brut Rosè Procedências também tem ótimo custo benefício, uma pena eu não te-lo provado a uma temperatura mais baixa.
Saindo dali, da Aurora, fui na mesa da importadora Mistral degustar o La Caminhoneta Sauvignon Blanc 2016, com deliciosas notas herbáceas e o Montes Cherub Rosè 2016, vinho que em safras anteriores foi um monovarietal de Syrah, mas que na safra 2016 recebeu 15% da casta Grenache, para que assim esse mesmo rótulo viesse a ganhar mais complexidade e intensidade nas frutas vermelhas e frescas, very good! Ambos são da Viña Montes.
Conheci também o Quinta da Companhia Colheita Selecionada 2016 Branco (marca e vinícola de mesmo nome), o qual agora irei explanar, que me foi servido sob uma temperatura perfeita, muito fresquinho, através das mãos da gerente administrativa da marca no Brasil, Fátima Ferreira. É um Vinho Verde vinificado a partir das castas Loureiro, Arinto e Trajadura, que traz aromas citrinos, de frutas brancas e um floral delicado; é um vinho perfeito para os dias mais quentes e para as tardes ensolaradas, muito bom mesmo.
Saindo dali, da Aurora, fui na mesa da importadora Mistral degustar o La Caminhoneta Sauvignon Blanc 2016, com deliciosas notas herbáceas e o Montes Cherub Rosè 2016, vinho que em safras anteriores foi um monovarietal de Syrah, mas que na safra 2016 recebeu 15% da casta Grenache, para que assim esse mesmo rótulo viesse a ganhar mais complexidade e intensidade nas frutas vermelhas e frescas, very good! Ambos são da Viña Montes.
Conheci também o Quinta da Companhia Colheita Selecionada 2016 Branco (marca e vinícola de mesmo nome), o qual agora irei explanar, que me foi servido sob uma temperatura perfeita, muito fresquinho, através das mãos da gerente administrativa da marca no Brasil, Fátima Ferreira. É um Vinho Verde vinificado a partir das castas Loureiro, Arinto e Trajadura, que traz aromas citrinos, de frutas brancas e um floral delicado; é um vinho perfeito para os dias mais quentes e para as tardes ensolaradas, muito bom mesmo.
Deixei para falar, por último, do destaque maior neste dia, que foi para a linha dos vinhos da Puglia importados pela La Pastina. Terra Rossa é o nome do produtor, que traz vinhos que me emocionaram não só por serem deliciosos, mas por ter um significado muito pessoal para mim na idealização das linhas La Grotta (com um Primitivo de Salento e com um 100% Negroamaro) e A Mare (um vinho branco de Malvasia e Chardonnay). Sou neta de italiano por parte de meu pai, vindo da região do Veneto, mas vivi a minha vida inteira no bairro do Brás, junto a comunidade de Napolitanos e de Bareses (Napoli, na Campania e Bari, na Puglia). La Grotta, faz alusão a Grotta Palazzese, um lindo restaurante situado nas encostas de uma gruta sob uma vista estonteante do Mar Adriático, um destino turístico ímpar ao sul da Itália. A Mare é uma homenagem a cidade de Polignano a Mare, cidade a qual encontra -se a Grotta Palazzese, situada na Puglia, cidade da onde origina boa parte da comunidade italiana do bairro do Brás. São pais de meus amigos, que vieram dali, da onde originou-se também a Festa de São Vito, o santo padroeiro de Polignano a Mare, uma festa linda e tradicionalmente cultural, que acontece simultaneamente lá, em Polignano a Mare e aqui em São Paulo. No próximo ano, a festa paulistana celebra 100 anos de existência (é muito amor aqui envolvido!). Enfim, os três exemplares são muito versáteis, facílimos de degustar, frutados e envolventes. Mais que Indico!
Até o próximo post!
Vanda Meneguci.
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