Alejandro Vigil: o "El Enemigo" que o mundo quer ter sempre por perto.


 Diz um velho ditado, que inimigo bom é inimigo morto, ou já partindo para o lado "Nietzchista" da coisa: "O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo"; essa vem mais ao encontro com a frase citada por Alejandro Vigil em sua apresentação na ABS -SP nesta última quarta - feira a qual diz " AL FINAL DEL CAMINO SÓLO RECUERDAS UNA BATALLA, LA QUE LIBRASTE CONTIGO MISMO, EL VERDADERO ENEMIGO; LA QUE TE HIZO ÚNICO."  
Com uma personalidade forte e cativante, ministrou a degustação do seu projeto independente "El Enemigo", - tendo como aliada Adriana Catena - que nasceu em 2008 de dentro do mesmo produtor o qual é enólogo chefe, a prestigiada Catena Zapata, da região mais importante para o cultivo de bons vinhos no país de nuestros los hermanos, a Argentina. De fato uma grande responsabilidade se tratando de tal produtor, cuja a história de funde e se confunde coma a própria história do salto máximo que o país atingiu nos últimos 20 anos para mostrar ao mundo que assim como o seu vizinho Chile, também possuia know how para produzir vinhos de altíssima qualidade. O que podemos ver, eu e todos os presentes ali, foi um projeto belíssimo, de amor pelo que se faz, vinhos bem vinificados, frescos, poderosos, a la  Alejandro Vigil: vinhos de alma e expressão somados a custo justíssimo pela qualidade que possuem.

Vamos lá para  a análise dos vinhos?

1) Vinho: El Enemigo Chardonnay safra 2010
Casta: Chardonnay (100%)
Análise organoléptica: 
Cor: amarelo dourado brilhante com reflexos verdeais.
Aromas: citrinos, limão e mineral.
Boca: encorpado, frutado, boa acidez e equilibrio.
Obs: um ótimo Chardonnay bastante diferente para o estilo, pois é nitidamente cítrico!
US$: 42,90



2) Vinho: El Enemigo Syrah / Viognier safra 2009
Casta: Syrah (93%), Viognier (7%)
Análise organoléptica: 
Cor: vermelho rubi intenso com reflexos violáceos.
Aromas: frutas vermelhas, chocolate, especiarias e floral.
Boca: encorpado, fresco, taninos potentes, equilíbrio, e longa persistência em boca.
Obs: esse vinho me conquistou. Muito delicioso. Como lembrou muito bem Mario Telles Jr na degustação, um corte difícil, um desafio para enólogos, de corte "Rotie", ou seja, o célebre corte de Syrah e Viognier da Cote Rotie: a casta ícone tinta do Rhône com a casta branca da mesma região. Deu um resultado brilhante, um vinho sem dúvidas para comprar e beber bem acompanhado. Para mim, o melhor da degustação. Tem potencial de guarda, mas já está delicioso para o consumo.
US$:  49,90




3) Vinho: El Enemigo Bonarda safra 2010
Casta: Bonarda (90%), Cabernet Franc (10%)
Análise organoléptica: 
Cor: vermelho rubi intenso com reflexos violáceos e um leve halo de evolução.
Aromas: frutas vermelhas, frutas silvestres, e toque defumado.
Boca: encorpado, equilibrado e persistente.
Obs: um ótimo exemplar na uva Bonarda, ainda cheio de joavialidade, com mais uns 5 anos de guarda estará ainda melhor.
US$:  49,90


4) Vinho: El Enemigo Malbec safra 2010
Casta: Malbec (89% a 98%), Petit Verdot (11% a 2%)
Análise organoléptica: 
Cor: vermelho rubi intenso com reflexos violáceos.
Aromas: frutas secas, chocolate, leve mentolado, especiarias doces, nuances florais.
Boca: encorpado, equilibrado, final longo e persistente.
Obs: um ótimo exemplar de um grande Malbec argentino, um ótimo vinho, mas pede mais guarda.
US$:  49,90


5) Vinho: El  Gran Enemigo safra 2008
Castas: Cabernet Franc, Malbec, Petit Verdot
Análise organoléptica: 
Cor: vermelho rubi intenso com reflexos violáceos e leve halo de evolução.
Aromas: frutas escuras, ameixas, especiarias, chocolate.
Boca: frutado, encorpado, equilibrado, final longo e muito persistente.
Obs: muito complexo, elegante, tânico porém com muitas frutas integradas, de final longo e muito persistente.
US$:  159,50


















Quem importa: Mistral
www.mistral.com.br


Até o próximo post!
Vanda Meneguci

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